quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Arte de Conviver (Bem)

O homem é ser social por natureza. Quando nasce, já faz parte de um pequeno núcleo social chamado família. Com o passar do tempo, a tendencia é que sua rede de relacionamento seja ampliada, incluindo novas pessoas, novos grupos e novos ambientes de convivência. Viver isoladamente é sinal de psicopatologia para um ser gregário e que, conviver é uma necessidade.
Percebe-se que o homem, mesmo predestinado a viver em sociedade, ainda tem dificuldade de desenvolver as suas relações de forma saudável. Isso é tão verdade que a arte da boa convivência tem que ser amparada pela Lei: a Constituição Federal assegura expressamente o direito de todos conviverem bem e para qualquer desajuste, o Poder Judiciário entra em ação, velando os direitos e garantias fundamentais do cidadão.
Talvez o que dificulta a realização desta "arte" sejam os preconceitos; a ausência de valores morais; o mau-humor; o egocentrismo; as "fofocas"; a falta de sigilo e ética; os julgamentos; a falta de comunicação e não menos importante, a dificuldade que as pessoas têm de escutar. Fala-se muito, mas ouve-se pouco. Isso sugere que não damos toda a atenção merecida a uma pessoa, quando por exemplo, cortamos a sua fala ao meio e a interrompemos. Se houve a interrupção é porque podíamos estar mais preocupados conosco, com a nossa necessidade de falar, menosprezando a fala do outro. A pressa, o corre-corre faz com que não detenhamos tanto tempo para trocas de diálogos. Acaba que um sempre fala mais e ouve menos. Isso que temos dois ouvidos e uma única boca. E como seria se fosse ao contrário?
A arte de conviver (bem) precisa, sobretudo, de comprometimento, de respeito, de educação e de afeto. Mas também é de vital importância que tenhamos regras claras e bem definidas a ser seguidas. As normativas funcionam como bússolas que auxiliam para que cada indivíduo saiba qual é a sua parte e a faça. É preciso que as regras estejam presentes no dia-a-dia de uma família, de um casal, de estudantes que dividem o mesmo apartamento, de colegas de trabalho, onde todos deverão ter a responsabilidade de cumpri-las. Aquela velha máxima: "A minha liberdade termina quando começa a do outro" deve - sempre - ser levada à risca, pois por mais que sejam divididos os mesmos ambientes e lugares, até mesmo a própria cama, é imprescindível que todos têm o direito e a necessidade de vislumbrar de intimidade e privacidade.
Isso tudo facilita para evitar atravessamentos na rotina, que desencadeam estresse, irritação e conflitos. Como dizia Mario Quintana: "A arte de viver é simplesmente a arte de conviver...simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!"

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